domingo, 2 de maio de 2010

Um profeta lamentando pelo Brasil

Que desgraça a minha! Sou como quem colhe frutos de verão na respiga da vinha; não há nenhum cacho de uvas para provar, nenhum figo novo que eu tanto desejo. Os piedosos desapareceram do país; não há um justo sequer. Todos estão à espreita para derramar sangue; cada um caça seu irmão com uma armadilha. Com as mãos prontas para fazer o mal o governante exige presentes, o juiz aceita suborno, os poderosos impõem o que querem; todos tramam em conjunto. O melhor deles é como espinheiro, e o mais correto é pior que uma cerca de espinhos. Chegou o dia anunciado pelas suas sentinelas, o dia do castigo de Deus. Agora reinará a confusão entre eles. Não confie nos vizinhos; nem acredite nos amigos. Até com aquela que o abraça tenha cada um cuidado com o que diz. Pois o filho despreza o pai, a filha se rebela contra a mãe, a nora, contra a sogra; os inimigos do homem são os seus próprios familiares. Mas, quanto a mim, ficarei atento ao Senhor, esperando em Deus, o meu Salvador, pois o meu Deus me ouvirá.

Parece que é de hoje, uma crônica, mas é o profeta Miquéias, no capítulo 7 falando de uma situação da época dele. Mas é a cara dos nossos dias atuais. Não vou falar mais nada, apenas te pedir para refletir. Paz!

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